quarta-feira, 28 de abril de 2010

UNIVERSIDADES: A BANALIZAÇÃO DO ENSINO SUPERIOR

Partilhar Amigos, acompanhamos hoje a notícia que uma universidade sem a devida licença foi fechada em Parintins, cidade famosa por seu festival no Amazonas. O teor das manchetes postadas na Internet hoje mostram uma indignação com tal situação como se isso fosse uma grande surpresa para a opinião pública.

Desde o governo FHC, com seu ministro Paulo Renato, foi trabalhada no país uma expansão da rede de ensno superior desordenada e irreponsável que acarreta nestes "muquifos" que se denominam faculdades. Infelizmente, a construção da democratização do ensino superior no governo FHC foi priorizando a mercantilização em detrimento a qualidade do ensino em nosso país.

Quando são criados os mais diversos cursos, eles têm o intuito de atender os anseios do mercado veroz e dos donos das IES, pois fazem com que o ensino técnico no Brasil seja completamente deteriorado, por exemplo.

Nesta mesma lógica, o governo Lula não mudou a forma de avaliar as IES. simplesmente acabou com o provão e criou o SINAES. Um modelo de avaliação institucional muito interessante que nunca foi posto em prática de forma real.

Logo as IES sentem-se a vontade para instituir quaisquer cursos como por exemplo, carnavalesco, dança de salão e negócios em surf.

Com a ausencia do MEC na fiscalização das IES, os oportunistas da educação veem as brechas para se por a ministrar cursos de forma indiscriminada na logica do "depois eu resolvo essa tal de legalização do curso".

O que devemos lutar é que o governo invista novamente no ensino técnico e na universidade publica, pois assim conseguira garantir a qualidade de ensino no Brasil.

Mas quero deixar claro que assim como a Cesbam, existem inumeras universidades e faculdades no Brasil sem o devido registro, e muitas vezes o estudante só descobre ao fim do seu curso.

Nossa luta deve ser por um ensino de qualidade, cada vez mais vagas nas Universidades públicas, mais rigor na concessão de abertura de cursos e que o MEC atue de forma enérgica contra essas universidades ilegais que existem no Brasil.

terça-feira, 27 de abril de 2010

PT HEGEMÔNICO, PSB A REBOQUE E PSDB FELIZ DA VIDA !!!!!

Partilhar

Nesta estréia desse blog, calhou de coincidir a decisão que acaba com as especulações acerca das eleições presidenciais de 2010. Instituiu-se finalmente no Brasil o modelo norte-americano: dois candidatos com chances reais cercados por candidaturas nanicas sem a menor perspectiva. Mas para quem isso é melhor na atual conjuntura : para Serra ou para Dilma?

Digo de antemão que a opção do PSB é extremamente equivocada do ponto de vista da construção da democracia brasileira e no sentido de manter o tucanato longe do poder.

O PSB era a última esperança daqueles que acreditam na democracia real no Brasil. Polarizar a disputa para a presidência da república é transformar todos os partidos de grande porte do país em satélites de PT e PSDB. Colocar apenas esses dois partidos na disputa é discutir com a sociedade apenas o modelo Lula e o modelo FHC, que são idênticos em diversos pontos, principalmente no que tange a política econômica. Aliás, o PT e o PSDB são dois partidos com inúmeras semelhanças ideológicas, inclusive podendo ter em seu histórico a discussão para a fusão dos dois. Será que é isso que queremos para o Brasil? É claro que o governo Lula é mais avançado, pois olha mais para o povo, daqueles que precisam mais do governo. Mas isso não é virtude, é obrigação, pois todos os políticos deveriam ter essa preocupação.

No pragmatismo eleitoral, essa decisão do PSB praticamente define o fim deste pleito no primeiro turno. Devemos lembrar que a Marina não é a Heloisa Helena, devendo ter uma votação bem aquém do que mostram as pesquisas hoje. Neste mesmo período nas últimas eleições, a Heloisa Helena chegou a atingir 13 pontos percentuais, e hoje a Marina tem oito. Obviamente que os 10 % dos votos de Ciro Gomes, apesar de faltar seis meses para as eleições, são mais firmes por conta de suas duas disputas anteriores. Procuro dividir os votos de Ciro Gomes em três nichos: aqueles que votam no Ciro por acreditarem em seu projeto; aqueles que estão descontentes com Lula mas não gostam do Serra; e aqueles que gostam da Patrícia Pillar. O primeiro nicho, sabemos que não teremos uma transferência natural para Dilma, pelo contrário, pois a formação política de Ciro faz com que boa parcela destes votos se destinem ao PSDB. No segundo, será automático o voto no Serra, pois é um voto contra o Lula. O terceiro podemos dizer que é meio a meio, pois esses votos da Patrícia Pillar existem em todas as classes sociais, das mais diferentes, ou ate mesmo inexistentes, opiniões. Esta analise fria, querendo deixar claro que eleição não é uma ciência exata, demonstra que boa parte desses votos do Ciro migrarão para o Serra, dificultando, e muito, a vida de Dilma. Com Ciro na disputa, seria certa a realização de um segundo turno e com três meses de ataques a José Serra, o eleitor poderia ser convencido mais facilmente de votar na petista.

Além disso, as eleições de 2010 será a briga da Estrela com a Lua. A Estrela, José Serra, é um ser luminoso, tem seu próprio brilho. Apesar da derrota de 2002, as vitórias da prefeitura de São Paulo e do governo do Estado, deram a Serra o domínio sobre seus eleitores. Todo capital eleitoral que outrora eram os órfãos de FHC, hoje são votos do José Serra. Em contrapartida, a Lua, Dilma, precisa do apoio do Sol, Lula, para ser iluminada. Dilma já demonstrou pulso firme para dirigir o Brasil, mas ainda não demonstrou capacidade de ser uma candidata a altura de Serra. Mais um mês de campanha, com segundo turno, ajudaria muito a candidatura da Dilma. Porém a visão hegemônica do PT e a confiança exacerbada do presidente Lula não os deixaram enxergar a importância de não polarizar esta eleição.

Tenho ciência que o voto em Dilma é a melhor das opções em uma eleição sem alternativas reais, porém saio, já em abril, decepcionado desta eleição, pois o PSB perde a chance de ser protagonista, o PT se afunda em sua prepotência e o PSDB agradece.