UPP: AÇÃO EFICAZ OU BOMBA RELÓGIO

Partilhar Amigos, após conversar muito com diversas pessoas, inclusive de comunidades que receberam UPP´s, uma dúvida pairou em minha cabeça: para onde estão indo os traficantes que fogem da favela para não serem presos?

O governo está avisando com um ou dois dias de antecedencia a instalação da UPP's. Estes bandidos tem tempo de fugir da favela levando boa parte de sua mercadoria e armamentos. Com certeza esse material está indo para algum lugar.

A postura do estado de avisar antes é boa no sentido de preservar aquela comunidade, poupando os moradores de tiroteios e de riscos acerca da ocupação.

Porém, é fato que estes bandidos estão se agrupando em algum lugar e a medida que o cerco se fecha, o confronto será inevitável.

Visto isso, já surgiu um acordo entre as facções rivais, de trégua para eles combaterem a ação policial. Logo, a perspectiva destes marginais é brigarem para retomar seus pontos de drogas perdidos.

E qual a consequencia disso?

Obviamente, algum lugar será uma bomba relógio prestes a explodir a qualquer momento. Inclusive, estes lugares, provavelmente, devem ser os grandes complexos cariocas: Alemão, Maré e da Penha. Os moradores da zona norte do Rio já se mostram preocupados com a possibilidade do início de uma guerra na sua região.

Não se sabe qual o poderio bélico destes bandidos. Tenho certeza que o estado se dispondo a travar esta batalha sairá vitorioso, mas não sem sacrificar inocentes. Porém acho que a bandidagem dará mais trabalho do que se imagina.

Além disso, a ação policial não deve ser voltada apenas para as favelas, pois nas ruas os indices de criminalidade subirão muito, pois se o bandido não pode traficar, ele roubará, sequestrará, entre outros crimes.

O investimento em infra-estrutura da policia também é fundamental, pois o armamento da bandidagem é bem mais atual e potente que o poderio da Polícia Militar do Rio de Janeiro.

Logo, se a implantação das UPP´s não vier casada com uma forte operação de repressão a esta bandidagem, o Rio de Janeiro apenas estará transferindo seu problema das favelas para as ruas.